Ao
contrário do que muitos pais podem achar, os videogames não são
criações infernais úteis apenas para derreter a mente das crianças – e
dos adultos.
Pelo
contrário: além de terem um potencial muito grande de diversão,
pesquisas recentes revelaram que há também uma gama de benefícios
científicos em jogar videogames – desde o aumento da matéria cerebral
até alívio da dor.
Aqui estão seis dos melhores benefícios para justificar aos seus
amigos por que você resolveu ficar em casa jogando ao invés de fazer
alguma coisa ao ar livre:
6. Os videogames 3D podem aumentar a capacidade de memória
Em um estudo de 2015 no Journal of Neuroscience, pesquisadores da
Universidade da Califórnia recrutaram 69 participantes, e pediram a um
terço deles para jogar Super Mario World 3D por duas semanas, um terço
para jogar Angry Birds e o resto para não jogar nada.
“Por causa de suas experiências envolventes e enriquecidos ambientes
virtuais 3D, os mesmos videogames que foram jogados por décadas por
crianças e por adultos podem beneficiar nosso cérebro com estimulação
significativa,” escreveram os investigadores.
As pessoas que jogaram Mario acabaram se saindo melhor em tarefas de
memória de acompanhamento, enquanto os outros não mostraram melhora pré e
pós-jogo.
“Os jogadores de videogame, especificamente os jogos 3D complexos, tiveram melhor desempenho”, concluíram os pesquisadores.
5. Jogar pode ser bom para o alívio da dor
Esta é a melhor desculpa para jogar videogames da próxima vez que
você faltar o trabalho por motivos de doença – uma revisão da literatura
publicada em 2012 no American Journal of Preventive Medicine descobriu
que nos 38 estudos examinados, os videogames melhoraram os resultados de
saúde de 195 pacientes em todas as frentes, incluindo males
psicológicos e físicos.
Além disso, em 2010, cientistas apresentaram uma pesquisa na conferência American Pain Society, que encontrou evidências
que videogames, especialmente jogos de realidade virtual, são eficazes
na redução da ansiedade ou dor causada por doenças crônicas ou
procedimentos médicos.
“O foco é dado ao jogo, não à dor ou ao procedimento médico, enquanto
a experiência da realidade virtual envolve a visão e outros sentidos”,
diz Jeffrey Gold, da Universidade do Sul da Califórnia.
4. Há evidências que mostram que videogames ajudam crianças disléxicas a melhorar a sua leitura
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Videogames podem ajudar as crianças, também! |
Um estudo de 2013 investigou o fato de que jogar jogos de ação
poderia ajudar as crianças disléxicas de 7 a 13 anos a ler mais rápido,
sem perda de precisão. Os resultados foram iguais ou melhores aos
tratamentos tradicionais de leitura, que podem ser mais demorados e não
tão divertidos.
Os pesquisadores acreditam que o ritmo acelerado nesses jogos ajudou
as crianças a aumentar sua atenção, embora essa hipótese ainda não tenha
sido testada.
3. Tetris poderia ajudar a limitar traumas
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O bom e velho Tetris pode ser mais útil do que apenas um ótimo passatempo. |
No ano passado, 37 pacientes que chegaram a um departamento de
emergência do hospital em Oxford, no Reino Unido, para serem tratados
por um acidente de trânsito, foram selecionados aleatoriamente para
jogar 20 minutos de Tetris.
Outros 34 pacientes não receberam o jogo, mas foram convidados a
registrar suas atividades regulares em vez disso – incluindo coisas como
mensagens de texto, palavras cruzadas e leitura.
Os jogadores de Tetris tiveram significativamente menos flashbacks do
evento traumático do que aqueles que não jogaram – aproximadamente 62%
menos em média.
A pesquisa, publicada no mês passado na revista Molecular Psychiatry,
conclui que intervenções assim
“poderiam melhorar substancialmente a
saúde mental daqueles que sofreram trauma psicológico”.
2. Algumas pesquisas mostram que videogames podem realmente tornar-nos mais inteligentes
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Um estudo publicado em 2013 vai além e diz que a nossa cognição pode ser melhorada quando jogamos. |
Os pesquisadores fizeram cinco grupos de não-jogadores jogarem um
jogo de smartphone durante uma hora por dia durante quatro semanas.
Eles descobriram que todos os jogos, tanto de ação e não-ação,
melhoraram a função cognitiva nos participantes – medida por testes,
como tarefas de memória de curto prazo.
1. Jogar está ligado a um aumento da matéria cerebral
Finalmente, um estudo publicado em 2014 na Molecular Psychiatry por
pesquisadores do Instituto Max Planck na Alemanha mostrou que pessoas
jogaram Super Mario 64 tiveram um aumento no tamanho das regiões
cerebrais.
Especificamente nas partes do cérebro responsáveis pela orientação
espacial, formação de memória, planejamento estratégico e habilidades
motoras finas.
Quando os pesquisadores analisaram 24 participantes que haviam jogado
o jogo por 30 minutos por dia durante dois meses sob uma máquina de
ressonância magnética descobriram que eles tinham aumentado a matéria
cinzenta no hipocampo direito, no córtex pré-frontal direito e no
cerebelo, em comparação com um grupo de controle que não tinha jogado
nenhum jogo.
“Isso prova que regiões específicas do cérebro podem ser treinadas
por meio de videogames”, disse uma das pesquisadoras, Simone Küh, na
época. [
Science Alert]
"Agora eu amo mais ainda os meus Vídeo Games!!!"
Fonte: Hipercience